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Geraldo de Barros (1923 - 1998), um pintor, fotógrafo e designer brasileiro, foi um dos expoentes da vanguarda na arte brasileira, precursor da arte concreta e pioneiro na fotografia abstrata.

Atuou também como designer de mobiliário em meados dos anos 50 (Unilabor) até o final dos anos 80 (Hobjeto), profundamente envolvido tanto com a função do design quanto com a estrutura social da economia em que atuava.

Em 1964, depois da Unilabor, Geraldo de Barros fundou a Hobjeto,

Geraldo de Barros inicia seus estudos de desenho e pintura na Associação Paulista de Belas Artes de São Paulo (1945). Na busca de inovação, afasta-se de uma representação figurativa expressionista e interessa-se cada vez mais pela abstração. Nessa época, começa também a praticar a fotografia e a sua forma original de abordar este meio levou-o a ser o pioneiro da fotografia abstrata brasileira.

Geraldo de Barros participa da fundação da Unilabor (1954-1964), uma comunidade operária que projeta móveis modulares numa abordagem social. A Unilabor é inovadora no contexto brasileiro não só pelo design criado pelo designer, mas também pela sua gestão cooperativa em que todos os trabalhadores partilham as decisões e benefícios.

Com a imposição da ditadura no país, a Unilabor é extinta e Geraldo de Barros cria a fábrica Hobjeto (1964-1979) que dá continuidade ao seu design modular em maior escala sem deixar de lado o lado mais criativo. Até ao final da sua carreira em 1989, o designer desenhou e projetou inúmeras linhas de móveis. Construiu uma oficina pessoal na fábrica para projetar e criar a sua última série de pinturas em fórmica. Os móveis e as pinturas foram fabricados usando as mesmas técnicas.