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Seating

CHAIR, DAAV, SÉRGIO RODRIGUES, BRAZIL 1983

SOLD

The Daav chair was created for the Coffee Shop at the Mofarrej Sheraton Hotel in São Paulo. The first studies of this chair date back to 1983.  The prototype was executed in 1985 and in January 1986, the production began.

Structure made of stainless steel frame in polished steel, solid wood arms and back, upholstered seat with natural leather.

Produced by Lin Brasil (2013), it has an attribution mark.

Perfect conditions item.

Dimensons: L62,5cm x W53,5cm x H80cm x HSeat49cm

Sérgio Rodrigues (1927- 2014), Rio de Janeiro, é um dos maiores nomes do design e arquitetura brasileiros.

"De todos os designers brasileiros, Sérgio Rodrigues talvez seja o mais profundamente comprometido com os valores e materiais da terra, tendo se arraigado a formas e padrões da cultura brasileira".

Maria Cecília Loschiavo dos Santos- Móvel Moderno no Brasil

Sergio quebrou paradigmas ao inventar uma linguagem própria em busca da identidade brasileira e integrou de forma harmoniosa as três áreas em que militou: a arquitetura, o design e o desenho. As suas criações surgiram na época em que o Brasil investia numa nova capital federal e os brasileiros respiravam uma atmosfera de invenção e de brasilidade nas artes plásticas, na música (com a bossa nova), e na arquitetura, (com a construção de Brasília). Sergio pressentiu que faltava à arquitetura moderna brasileira móveis que acompanhassem essa contemporaneidade. As criações, de caráter moderno, confortável e próprio para o clima tropical brasileiro, abusando da madeira e do couro, em pouco tempo o levaram à nova capital: os seus móveis foram encomendados em grande escala e levados para Brasília.

Em pouco mais de meio século de estrada, Sergio chegou a criar cerca de 1.200 diferentes projetos de móveis, a maioria de cadeiras.

Esse número engloba os projetos inseridos em trabalhos de arquitetura de interiores, que não foram reproduzidos depois, tais como os elaborados para a Embaixada do Brasil em Roma, a Universidade de Brasília, o Palácio dos Arcos, o Teatro Nacional de Brasília e a sede da editora Bloch. A sua relevante atuação na arquitetura, inclui o projeto de casas de madeira pré-fabricadas. Foi também um notável desenhista, certamente uma herança do pai, o artista plástico Roberto Rodrigues.

Em 1955 fundou a Oca, fábrica de mobiliário cujo nome define uma intenção: a de retomar o espírito da simplicidade da casa indígena, integrando passado e presente na cultura material brasileira.

No Rio de Janeiro, passou a atender a classe média ávida por objetos que traduzissem o espírito efervescente de uma época em que tudo era “novo”, da Bossa Nova ao Cinema Novo. Além de fábrica, a Oca compreendia um estúdio de arquitetura de interiores, ambientação, cenografia e componentes de decoração aliados a uma galeria de arte e à exposição do mobiliário de sua autoria.

Desde o início, as cadeiras de Sergio Rodrigues romperam com o sentar elegante e bem comportado, antecipando a demanda por informalidade que viria a dominar os interiores das casas dos jovens da classe média intelectualizada nos anos 60.

A criação mais célebre, a Poltrona Mole, de 1957, espelha essa radicalidade. Robusta,  é composta de estrutura em madeira maciça torneada, percintas de couro e almofadões estofados. A poltrona convida ao relaxamento e ao aconchego, oferecendo um conforto que lembra o da rede, o mais tradicional equipamento da casa brasileira.

Outras obras-chave de sua trajetória são o banco Mocho, de 1954 (na sua primeira versão, com o assento mais cavado), que se inspira no banquinho de ordenhar vaca; a poltroninha Kilin, de 1973, que também remete à rede; e a poltrona Diz, de 2001, um projeto da sua plena maturidade, apenas em madeira, que permite um extremo conforto ao usuário.

Sergio Rodrigues desligou-se da Oca em 1968 e a partir daí passou a atuar em seu escritório desenvolvendo linhas de móveis, projetos de arquitetura e ambientação de hotéis, residências e escritórios, e sistemas de casas pré-fabricadas.

 

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